Aproveitando os bons ventos que sopraram nos últimos três meses, a BRF Previdência registrou retorno nos investimentos dos planos de benefícios acima das metas de rentabilidade, com exceção do Plano Família, que ainda permanece com resultado inferior no acumulado do ano, mas tem se aproximado da virada. O excelente desempenho dos investimentos foi marcado por um período favorável da Bolsa Brasileira, com o Ibovespa registrando ganhos de 11,13% até julho, trazendo rentabilidade importante para o segmento de renda variável. Destaque também para o segmento de renda fixa, que, com o fechamento da curva de juros, garantiu boa performance para os títulos da carteira. Além disso, não podemos deixar de mencionar que o desempenho dos planos é resultado da diversificação, boa gestão e governança da Entidade, com carteiras preparadas para capturar ganhos à medida que diminuem as incertezas de mercado.

 

No cenário nacional, a reunião do CMN – Conselho Monetário Nacional, com participação dos Ministros da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, manteve as metas de inflação para 2024 e 2025 em 3%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Vimos também a apresentação do arcabouço fiscal, com a expectativa de aprovação da nova regra fiscal em setembro pela Câmera dos Deputados. Já a reforma tributária teve a sua votação concluída pelos deputados e seguirá para avaliação do Senado Federal. Enquanto isso, o governo vem sinalizando ao mercado como seguirá a futura proposta de tributos sobre a renda. A expectativa da equipe econômica é aumentar a arrecadação e, assim, reduzir o déficit primário do ano que vem, reforçando a responsabilidade fiscal por parte do governo e o compromisso em criar um ambiente mais favorável para os investimentos.

 

Mas sem dúvida um dos fatores cruciais para o bom desempenho da bolsa brasileira foi o recuo do risco fiscal selado com as articulações no Congresso Nacional, além dos dados recentes da economia com o aumento da projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, que sinaliza uma economia mais aquecida e retira parte da pressão fiscal por conta da perspectiva de aumento da arrecadação.

 

Porém, apesar do crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2023, vale destacar alguns sinais de estagnação após esse período. O consumo das famílias, por exemplo, foi um dos principais fatores do crescimento nos últimos trimestres, tem apresentado queda em razão do aperto nas condições de crédito, endividamento das famílias e aumento da inadimplência. Nesse sentido, é esperada uma desaceleração mais intensa da atividade ao longo dos próximos meses. Mesmo assim, o crescimento de 2023 deverá ficar ao redor de 2,0%, com o mercado de trabalho aquecido e a taxa de desemprego caindo.

 

Nos EUA, o mercado acredita que as taxas ficarão altas por mais tempo e em patamares mais elevados, demandando atenção do investidor. Na última reunião, o FED (Banco Central Americano) manteve a taxa de juros, interrompendo o ciclo de altas. De acordo com o comunicado, “os indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto”. Por fim, ainda citou que a inflação continua alta e a taxa de desemprego permanece baixa, com ganhos na criação de novos postos de trabalho superiores aos últimos meses. De acordo com o comunicado, os dados econômicos divulgados até as próximas reuniões terão relevância na definição entre estabilidade e alta adicional nas taxas de juros.

 

Já na China, a economia do gigante asiático segue enfrentando desafios, como queda nas exportações, alta taxa de desemprego entre os jovens, dificuldades do setor imobiliário e demanda doméstica enfraquecida. Apesar disso, há confiança no atingimento das metas de crescimento estabelecidas no início do ano. O governo estabeleceu uma modesta meta de crescimento do PIB de cerca de 5,0% para este ano.

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Diante de um cenário positivo, registramos resultados satisfatórios na rentabilidade dos planos.

Confira na tabela abaixo um resumo dos retornos dos planos de maio a julho.